Foto: Gabriel Haesbaert (Divulgação)
A chapa está ainda em fase de montagem. Mas vão liderá-la o tucano Givago Ribeiro, estreante no Legislativo, e o ex-demista (hoje no União Brasil, adiante no PL) Manoel Badke, um dos veteranos da Casa. Ambos comandarão a nominata que tem tudo para dirigir a Câmara de Vereadores a partir de janeiro.
A situação foi tema de nota semana passada, aqui mesmo. De lá para cá, algumas mudanças houve, e até contestação, como a feita por militante bastante próximo ao grupo que se reúne em torno dos atuais mandatários do parlamento e que devem assim se manter.
Ao mesmo tempo em que a fonte declara, preventivamente, que “a eleição não está decidida”, se mantém absolutamente confiante. Ao ponto de o colunista afirmar que só o imponderável (nunca é impossível) modifica o atual status quo.
De todo modo, a adesão de Paulo Ricardo Pedroso, aqui tida então como certa, até pode acontecer, há ações nesse sentido, mas por enquanto “não está fechada”. Porém, o também socialista Danclar Rossato, fala o emitente, pode “construir algo conosco”.
De todo modo, e isso há sete dias aqui não se falou, é dada como certa a presença no grupo do emedebista Rudys Rodrigues, a exemplo do colega dele, Adelar Vargas, que concede seu apoio desde o ano passado. Se confirmado, muda a correlação de forças internas no MDB, algo a ser devidamente avaliado a posteriori.
Com essas informações adicionais, além de outras, que vão surgindo a cada novo santo dia, parece bem improvável, para não dizer impossível, a reversão no quadro – ainda que os oposicionistas se esforçam para não dar-se por vencidos.
Se saberá do resultado dos esforços de parte a parte na próxima quinta-feira, 22, data aprazada para a última sessão ordinária do ano e na qual acontece o pleito. A situação aponta, em sendo hoje a decisão, o seguinte quadro:
Atuais dirigentes somam certamente o apoio dos tucanos Givago Ribeiro (o nome para presidente), Admar Pozzobom e Juliano Soares, dos petistas Valdir Oliveira, Marina Callegaro e Helen Cabral; dos republicanos Alexandre Vargas e Getúlio de Vargas, dos emedebistas Adelar Vargas e Rudys Rodrigues, da pedetista Luci Duartes, do comunista do B Werner Rempel e de Manoel Badke, do União Brasil. No total 13 votos (dois a mais que o necessário), que podem chegar até a 15, a depender da adesão dos socialistas Paulo Ricardo Pedroso e Danclar Rossato.
A oposição contaria com os votos do PP (Anita Costa Beber, João Ricardo Vargas, Pablo Pacheco e Roberta Leitão), do emedebista Tubias Callil e de Tony Oliveira, do Podemos.
O terceiro ministro santa-mariense de Lula
Foto: Ricardo Stuckert (Divulgação)
Escalado como interlocutor de lideranças empresariais gaúchas, o deputado federal Paulo Pimenta está mais próximo de virar ministro. Se é que neste momento já não é – até o fechamento da coluna, ainda não havia sido anunciado.
A pasta de Comunicações é a que está destinada a um dos parlamentares petistas mais fieis a Lula. E que, como você já leu aqui, tem grande capacidade de relacionamento com amplos setores políticos e econômicos.
Com seus 223.109 votos, o terceiro dos 31 gaúchos eleitos e a maior votação, disparado, entre os petistas, o presidente do partido no Rio Grande do Sul se coloca no momento maior de sua carreira política, independente de estar ou não do primeiro escalão.
De todo modo, se confirmada a nomeação, o jornalista por formação Pimenta será o primeiro ministro santa-mariense depois do jurista Nelson Azevedo Jobim, ministro da Defesa do próprio Lula, no segundo mandato do petista e também no início do governo de Dilma Rousseff, e do servidor estadual e engenheiro Guilherme Cassel, ministro do Desenvolvimento Agrário na mesma época.
A dimensão para a boca do monte de ter alguém influente no governo federal, pode ser medida por Jobim – figura importante na vinda, mesmo alguns anos depois de sair do ministério, da indústria KMW – e pelo próprio Pimenta, grande artífice da conquista dos R$ 300 e tantos milhões da Travessia Urbana, em fase agora final.
EM TEMPO: Além de Paulo Pimenta, o PT do Rio Grande do Sul poderá emplacar no Ministério o ainda deputado estadual e ex-candidato ao Piratini, Edegar Pretto. O desempenho dele, quase chegando ao segundo turno, contrariando todos os prognósticos, e seu histórico de luta, junto com o pai Adão, em defesa dos pequenos produtores, podem ser a chancela para levá-lo a assumir o ministério do Desenvolvimento Agrário.
Fantinel secretário? Ele confirma a sondagem. E só!
Arquivo
Não se sabe se deputado Roberto Fantinel será secretário. Sequer se assumirá como Presidente da Assembleia Legislativa, no ano em que o cargo couber ao MDB.
No entanto, no que toca a Santa Maria (onde tem domicílio, inclusive eleitoral) e região (onde nasceu – em Dona Francisca – inclusive para a política), ninguém mais duvida de sua liderança inconteste.
Cotado para virar titular da nova Secretaria de Assistência Social (a ser desmembrada da atual pasta de Igualdade, Cidadania e Direitos Humanos), ele até confirma a sondagem, mas não diz se aceitaria ou não.
O fato é que, se isso acontecer, terá sob seu guarda-chuva, um punhado bastante interessante de cargos a nomear, o que já assanha muita gente (e preocupa outro tanto) da militância governista. E não apenas no MDB.
Empregos políticos a parte, a influência de Fantinel se torna inequívoca, com capacidade de galvanizar interesses diversos, e acabar de vez com as dissidências. É o que se diz no centro, e também nos subúrbios, da política emedebista.
Luneta
REGIONAL
O contrato está no Diário Oficial do Estado, edição da última quarta, 14 de dezembro. A Fundação Instituto de Cardiologia seguirá gerindo o Hospital Regional de Santa Maria, conforme acordo com o Governo do Estado. Para isso, a instituição receberá o valor anual de R$ 13.882.062,00. Ah, em 2022, há um incremento orçamentário de R$ 450 mil, que vêm de “emenda de relator” da Câmara dos Deputados.
REGIONAL II
Na mesma publicação, no Diário Oficial, está expresso o objetivo do contrato entre o Estado e o Instituto de Cardiologia. Eis, na íntegra: “o presente tem por objeto a execução de serviços hospitalares e ambulatoriais no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, especificados, tecnicamente, no Documento Descritivo, previamente aprovado pelas partes, e que é parte integrante deste instrumento…”
BLINDADOS
Outra curiosidade que chega através da leitura do Diário Oficial tem a data de 8 de dezembro. Nesse dia foi publicada a sanção, pelo governador Ranolfo Vieira Jr, da lei aprovada pela Assembleia, em projeto do deputado Luciano Zucco. São somente dois artigos. O primeiro: “Fica declarado o município de Santa Maria como Capital dos Blindados”. Segundo: “Esta lei entra em vigor na data de sua publicação”.
APENAS UM
Arquivo
Caso vinguem as apostas de participação de parlamentares locais nos governos federal e estadual, com o aproveitamento dos deputados Roberto Fantinel (Secretariado), do MDB, e Paulo Pimenta (Ministério), do PT, e a não reeleição de Giuseppe Riesgo, do Novo, a representação santa-mariense nos legislativos ficará reduzida ao petista Valdeci Oliveira (foto), o atual presidente da Assembleia gaúcha.
PARA FECHAR!
Sempre é bom ficar com um pé atrás. Mas o fato é que há ao menos uma década, ou até mais (onde vai a memória do colunista), que não existem surpresas de última hora nas eleições para a Mesa Diretora da Câmara. Parece surreal, mas o fato é que quem amanhece presidente no dia da votação, tem anoitecido na mesma função. Essa tradição recente, de todo modo, será testada outra vez na próxima quinta, 22.